sábado, 24 de abril de 2010

Liderança: uma competência estratégica

Vivemos em um mundo onde as mudanças no cenário econômico são constantes. O fenômeno da globalização é prova disto, a crise financeira que ocorre em um país, atinge vários Estados, afetando todo o mercado. A interdependência entre as nações é cada vez mais evidente e traz novos desafios as organizações, sejam multinacionais ou pequenas empresas.




Hoje é sabido que o ativo de maior valor em uma organização são as pessoas. Diante disto as empresas estão buscando mais que gerentes, buscam profissionais com capacidade de liderança. Entretanto, nem todo o gerente é líder e nem todo o líder é o gerente de uma equipe.




O sistema educacional vigente na área de negócios ensina as pessoas a delegarem tarefas e não a liderar projetos. O ato de gerenciar significa manter a organização em pleno funcionamento, ou seja, refere-se ao ambiente interno onde o produto ou serviço se apresenta com qualidade, dentro do prazo e do orçamento estipulados. Já o ato de liderar refere-se não só ao ambiente interno, mas também ao ambiente externo, pois os líderes determinam a direção na qual a empresa deve caminhar, criando visões e estratégias a fim de que os colaboradores estejam dispostos, motivados e inspirados para atingir os objetivos.




Algumas características diferenciam um gerente de um líder, o último estabelece planos bem definidos, possui perseverança nas decisões, personalidade positiva, disposição para assumir plena responsabilidade sob as ações dos seus seguidores, empatia, domínio de detalhes, hábito de fazer mais do que aquilo pelo qual é pago, entre outras.




Nos ambientes empresariais verificados, nas organizações que valorizam o líder, percebe-se claramente que este profissional é o elo entre a alta direção e os demais colaboradores. Porque este profissional possui ampla visão empresarial, equilíbrio emocional e rapidez na tomada de decisão, realizando a programação e divisão dos trabalhos, tornando o ambiente motivado, produtivo e de alta qualidade resultando num desempenho exemplar.




A liderança possui algumas implicações importantes, tais como: envolve outras pessoas, envolve uma distribuição desigual de poder e a capacidade de usar de formas diferentes este poder. O líder deve saber exercer o poder com as pessoas de tal forma que elas se comprometam com a eficácia do grupo e da organização, bem como o poder da comunicação persuasiva, o poder da execução, dispondo-se para tentar o que não foi tentado, e o poder da generosidade com uma percepção aguda do que é justo. Alguns líderes influenciam as pessoas em função do cargo, outros em função das qualidades, do carisma ou do saber, graças aos conhecimentos que este líder detém.







O líder deve estar atento a tudo, pois, as pessoas possuem fatores motivacionais divergentes, isto é, possuem motivação intrínseca ou extrínseca. Há colaboradores que se motivam pelo dinheiro, outros pelo reconhecimento ou respeito e outros pelo o nível de relacionamento. Estes colaboradores buscam segurança tanto física, quanto financeira, um sistema de comunicação eficaz e desafios pessoais e profissionais.








Alguns autores defendem que a capacidade de liderança é uma qualidade nata, todavia outros acreditam tratar-se de uma característica que pode ser desenvolvida ao longo do tempo. Cultivando hábitos simples como: saber ouvir o que os outros têm a dizer, sair ocasionalmente de seu lugar de conforto, manter a mente aberta, procurar não tomar ações que transpareçam arrogância e, sobretudo, ser humilde, acreditando que é possível transformar-se em um líder cada vez melhor.




As empresas que estão voltadas para o mercado com estruturas integradas e foco no cliente valorizam a liderança nos níveis estratégico, tático e operacional. Estas organizações prosperam e alcançam as suas metas, pois estão atentas não só aos resultados financeiros como também ao mercado, aos processos internos e a aprendizagem e inovação de seus colaboradores.




No ambiente organizacional cada vez mais igual e competitivo, as empresas vencedoras serão aquelas que consigam surpreender, encantar e criar valor agregado para os seus clientes. Além de oferecer produtos e serviços, para se tornar uma organização globalizada, integrada e proativa é fundamental que todos trabalhem com a visão clara de que muito mais que atender as necessidades dos consumidores é necessário despertar os seus desejos e superar as suas expectativas.




Anselm Grun, no livro a “Sabedoria dos Monges na arte de liderar pessoas”, nos traz que: Aquele que quiser liderar deve primeiro poder liderar a si mesmo, saber liderar seus pensamentos, sentimentos, necessidades e paixões. Estes são traços da personalidade de alguns profissionais que refletem diretamente no estilo de gestão e no resultado das organizações de sucesso.





Caroline Winckler


Valdecir Gonçalves

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